terça-feira, 25 de agosto de 2015

Esparta



       Os espartanos deixaram uma pegada espiritual indelével. O simples fato de que ainda hoje em dia o adjetivo “espartano” designe qualidades de dureza, severidade, resistência, estoicismo e disciplina, nos dá uma idéia do enorme papel que cumpriu Esparta. Foi muito mais que um simples Estado: foi um arquétipo, foi o máximo expoente da doutrina guerreira. Por trás da fachada perfeita de homens aguerridos e mulheres atléticas se escondia o povo mais religioso, disciplinado e ascético de toda Grécia, que cultivava a sabedoria de um modo discreto e lacônico, longe da euforia e das baixezas urbanas que já então haviam feito sua aparição. Nesse escrito veremos como a História colocou sempre a Esparta por cima de Atenas.

      Me é impossível finalizar essa introdução sem fazer referências ao filme “300”, apesar de que a maior parte do texto foi escrito antes de que saísse o filme em 2007. Creio que, segundo se vá lendo, se verá que (à margem de sensacionalismos na ambientação, facilmente reconhecíveis por qualquer um com um mínimo de cultura) o modo de ser dos espartanos histórico não tinha nada a ver com os personagens que nos apresenta esse filme, que tenta nos tornar mais “abertos” aos espartanos, apresentando-os de uma forma mais “simpática” para as mentes modernas – o que não me parece mal, posto que de outro modo o filme não teria sido produzido e as mensagens positivas teriam ficado, portanto, sem transmitir. Dito isso, não digo que “300” não seja bom (pois o é), nem que não transmita bons valores (pois os transmite).

Fonte:http://legio-victrix.blogspot.com.br/2012/12/esparta-e-sua-lei.html

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